Vídeos curtos: o que podemos esperar neste ano de 2022?

No final de 2021 um relatório divulgado pela empresa de soluções digitais “Cloudflare” apresentou um dado que pode ser considerado surpreendente. De acordo com o ‘Year in Review’ da empresa, a rede social TikTok teria sido, o território mais acessado do ambiente digital, superando até mesmo o Google. No ano anterior, nesse mesmo relatório, a plataforma da chinesa ByteDance ocupava a oitava posição.

Esses dados só servem para atestar algo que todos já temos notado, a popularidade do TikTok e das demais plataformas de vídeos curtos, que elas se tornaram o espaço preferido da Geração Z no ambiente online e que vem, nos últimos dois anos, em uma crescente não apenas em termos de quantidade de usuários mas também criando grandes oportunidades de negócio.

O TikTok que já vinha fazendo sucesso no País em 2020, resolveu  ano passado aprimorar  a divisão TikTok for Business, dedicada à elaboração de soluções publicitárias para os anunciantes. Também em 2021, o Kwai saiu em busca de nomes importantes do mercado brasileiro para estruturar sua divisão de negócios. A operação local, inclusive, foi escolhida para capitanear os pilares de vendas e de publicidade da rede social em toda a América Latina.

Enquanto essas plataformas de vídeos curtos se estruturaram para ampliar os negócios, outras redes sociais, para não ficarem para trás, resolveram investir nesse estilo que vem fazendo tanto sucesso entre os mais jovens, como:

  • Instagram com o Reels.
  • Google com o Youtube Shorts.

Por serem redes sociais dinâmicas, é bem mais difícil prever os comportamentos e tendências que farão parte do cotidiano dos usuários pelos próximos meses, mas profissionais de publicidade e de empresas de influenciadores não hesitam em afirmar que este ano de 2022 será o ano dos vídeos curtos.

Uma das explicações para isso ainda está no momento em que a sociedade atravessa, de acordo com Gabriel Araújo, head da Social@Ogilvy, agência dedicada à área de social media:

“… No meio da pandemia, as pessoas estavam escutando podcasts de cerca de 3 horas. Hoje, já temos cortes desses conteúdos com apenas 15 segundos, que sintetizam o que houve de mais relevante na entrevista… A mesma lógica vale para vídeos. O chamado conteúdo dinâmico começou a gerar interesse e performar mais há uns 3 ou 4 anos, mas agora atingiu a maturidade em plataformas como TikTok e formatos como Reels, por exemplo”, explica ele.

A pandemia também é apontada por Marcio Oliveira, presidente da R/GA, para esclarecer por que tantas pessoas começaram a postar e consumir vídeos curtos nos últimos anos – algo que, segundo ele, pode até aumentar a partir deste ano. As restrições e novos comportamentos impostos pela Covid-19 transformaram a noção de tempo das pessoas, a disciplina e a organização.

 “Transformou para sempre a maneira como trabalhamos e estudamos. E, como consequência, o que fazemos no meio tempo, no tempo livre ou até para nos informarmos, capacitarmos para nossas atividades. Esse contexto ajuda a moldar o comportamento e tudo leva a crer que os formatos de vídeos curtos devam crescer”, aposta.

Plataformas como TikTok, Kwai, Reels e Shorts democratizaram a produção de conteúdo e possibilitaram o surgimento de novos e talentosos criadores de conteúdo. Essa é a opinião do head de contexto e fala da Dentsu Internacional, Vinicius Chagas. Segundo ele, isso só aconteceu porque novas empresas decidiram apostar em ferramentas diferentes enquanto o restante seguia fazendo mais do mesmo.

“Esse novo conteúdo está propondo novos visuais, oxigenando a publicidade, os veículos e trazendo uma estética orgânica para o jogo. Essa provocação da execução real – para além da representação do real – é super IN e tá super ON”, brinca.

Não há tempo a perder e agora?

Se as plataformas digitais e grandes empresas de tecnologias passaram a dedicar mais tempo e investimentos para a criação de ferramentas de vídeos curtos é pela clara percepção de que os consumidores demandavam, cada dia mais, por conteúdos mais rápidos dinâmicos e criativos. Thamirys Marques, gerente de operações da Digital Favela, empresa que atua na área de marketing de influência, alerta que essa avidez por conteúdos mais dinâmicos não é uma tendência apenas das redes sociais.

“Isso tem sido percebido também na indústria da música e do cinema. Por isso, creio que as redes irão aperfeiçoar ainda mais as ferramentas para criação de vídeos, pois tudo leva a isso: interesse do trabalho + trabalho de alcance do algoritmo, que privilegia esse tipo de formato”, esclarece.

Esses conteúdos são rápidos e divertidos, e as plataformas têm algoritmos feitos para entregar o que o público quer ver de uma forma muito personalizada, mas também tudo o que o algoritmo percebe que está em alta.

Mas e as marcas? Onde elas se encaixam neste cenário?

A maioria das marcas e anunciantes sempre passam por dois passos importantes quando uma novidade chega:

  1. O primeiro impulso: Estar naquele ambiente, independente de entender de fato a plataforma.
  2. Segundo passo: Uma vez naquele ambiente começar a aprender com os próprios erros e entender a dinâmica, linguagem e target.

Precisamos lembrar sempre que redes sociais são, originalmente, sobre pessoas e não sobre marcas, além dos formatos de mídia, é necessário o toque de relevância que só o feed dos amigos pode proporcionar. Então, com operações mais próximas (por parte da estrutura de negócio das plataformas), você tem a oportunidade de bater papos mais profundos e frequentes e ser mais assertivo com seu publico alvo.

Será que os anunciantes já conseguiram atingir esse ponto?

Na opinião de Araújo, da Social@Ogilvy, algumas sim, outras não. Marcas que estão usando creators nativos da plataforma e entendendo o conteúdo gerado dentro dela têm se dado bem. Já outras, segundo ele, estão apenas replicando conteúdo de outras plataformas, o que faz com que audiência e relevância caiam.

“Essa é uma oportunidade para as marcas desbravarem um território novo, cheio de oportunidades e com algoritmos que ajudam mais que em outras plataformas. As oportunidades são enormes, mas essas redes sociais também terão que se preparar para entregar formatos e dinâmicas mais atraentes para anunciantes e agências. Sinto que ainda temos formatos padrões, apesar da dinâmica com influenciadores ter evoluído bastante”, opina.

https://www.youtube.com/watch?v=VOaxBPMo9Oc&ab_channel=NormaDavid

Então…

Para que uma marca consiga de fato aproveitar o sucesso das plataformas de vídeos curtos de maneira criativa, o essencial, como sempre, é conhecer o público e entender se ele consome conteúdo nesse tipo de rede social para, a partir daí, adequar a mensagem às tendências daquele canal sem perder a autenticidade. O ponto chave do seu sucesso nas redes sociais continua o mesmo de sempre, conhecer o seu publico!   Entre em contato conosco em qualquer uma de nossas plataformas digitais: FacebookInstagram e Linkedin! Nós podemos te ajudar com uma consultoria a entender qual é a melhor estratégia para o seu negocio.

Veja também:

Varejo brasileiro registra crescimento nas vendas nos últimos meses
Tendências em Mobile Marketing

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *